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A exportação de peles de jumentos no Brasil e no mundo será um dos temas em destaque no United for Wildlife Global Summit 2025, promovido pela Royal Foundation entre os dias 4 e 6 de novembro, no Rio de Janeiro. O encontro reunirá especialistas e lideranças internacionais para discutir crimes contra o meio ambiente e animais silvestres (veja programação abaixo). A The Donkey Sanctuary – organização internacional dedicada à proteção e ao bem-estar de jumentos – participará do evento apresentando o cenário dos jumentos brasileiros e os riscos associados ao comércio de suas peles.
Para Patricia Tatemoto, PhD em Medicina Veterinária e Saúde Animal pela USP, o convite da organização do Príncipe de Gales reforça a urgência do debate. “A pauta é relevante não apenas em virtude do risco de extinção da espécie no Brasil, mas também pelo risco de a venda das peles ter relação com o tráfico de animais silvestres aqui no País”, destaca.
Segundo o relatório “O comércio global de peles de jumento: uma bomba-relógio”, conduzido pela The Donkey Sanctuary em parceria com o WildCRU (Wildlife Conservation Research Unit) e outras instituições protetoras dos animais, os países da África têm fortes evidências de práticas ilegais ligadas ao envio de animais silvestres ao exterior junto com as peles de jumento exportadas – prática que também merece fiscalização no Brasil.
Naqueles países, foram encontrados produtos de diversas espécies ameaçadas, como presas de elefante, escamas de pangolim, barbatanas de tubarão e peles de tigre, muitos deles incluídos na Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e da Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES), que proíbe ou restringe severamente o comércio internacional dessas espécies.
O relatório da organização também revela que o tráfico é facilitado por brechas na classificação alfandegária internacional, já que um único código (HS 410120) abrange peles de equinos e bovinos, o que permite que remessas sejam enviadas com descrições vagas ou inexistentes.
Patricia reforça ainda que o jumento é parte do patrimônio genético brasileiro e deve ser reconhecido como integrante da biodiversidade nacional. “Como esses animais se adaptaram aos ecossistemas locais, eles são considerados recurso genético em várias partes do mundo. No Brasil, há evidências científicas que comprovam que o jumento é um recurso genético importante, com papel ecológico em ecossistemas nativos”, acrescenta.
A The Donkey Sanctuary participará do evento com três porta-vozes, contribuindo com dados e evidências sobre o impacto do comércio de peles e o papel do Brasil nesse cenário global.
Entre os especialistas presentes estarão Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, Geraldine Fleming, gerente da força-tarefa financeira da Royal Foundation, Valdecy Urquiza, secretário-geral da Interpol, entre outros.
O seminário será realizado no Píer Mauá no primeiro dia, 4 de novembro, e, nos dias 5 e 6, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. “A cúpula acontece pouco antes da COP30, em Belém, conectando o crime ambiental diretamente à agenda climática”, destacou o Instagram do United for Wildlife.
Para mais informações sobre o evento, acesse: https://unitedforwildlife.org/.
A Royal Foundation mobiliza líderes, empresas e pessoas para enfrentar alguns dos principais desafios da sociedade, como o tráfico de animais silvestres. Liderada pelo Príncipe e pela Princesa de Gales, atua com base em pesquisas, parcerias de longo prazo e impacto mensurável, promovendo iniciativas globais nas áreas de conservação ambiental, saúde mental e fortalecimento de comunidades. Mais informações: https://www.royalfoundation.com/
A The Donkey Sanctuary é uma organização da sociedade civil dedicada à proteção e preservação dos jumentos no Brasil. Criada para combater o avanço do abate e da exportação desses animais, a ONG atua por meio de campanhas de conscientização, articulação política e apoio a pesquisas científicas que ofereçam alternativas sustentáveis. Sua missão é garantir a sobrevivência do jumento nordestino – espécie única, adaptada ao semiárido – e promover o bem-estar animal como parte fundamental do desenvolvimento social e ambiental. Mais informações: https://www.thedonkeysanctuary.org.uk/.
(Assessoria de Imprensa)